UNIÕES E SEPARAÇÕES
Com a modificação dos costumes e regramentos sociais, a formação e a separação de casais parecem ter se tornado acontecimentos de menor significação, banalizando-se diante da frequência com que ocorrem
Em todos os tempos desejamos estar sempre perto daqueles a quem amamos, sendo muito penoso o afastamento de nossos autênticos afetos, o que pode conduzir a angústias e mesmo a graves situações de desajustes emocionais
Além das aspirações dos cônjuges, a questão envolve toda a família, alcançando especialmente os filhos, que, além das implicações de natureza afetiva, reclamam a decisiva influência educativa dos pais na formação de suas personalidades.
O Espiritismo traz importantes esclarecimentos para o entendimento sobre as uniões e separações conjugais. Mostra-nos que na condição de espíritos reencarnados, sem a visão consciente das existências anteriores, mas sob impulsos, sentimentos e interesses característicos do grau de maturidade espiritual alcançado, atraímo-nos para o desafiador exercício da constituição e convivência familiar.
Assinalados por decisões do presente e responsabilidades do passado, estabelecemos, retificamos ou aprofundamos vínculos afetivos, dos quais decorrem graves compromissos espirituais assumidos perante a própria consciência e a sensibilidade alheia, a repercutirem nesta e futuras existências.
Entre a afinidade que espontaneamente mantém almas unidas em afirmações de plena harmonia e os conflitos angustiantes que remetem à frustração e ao sofrimento da separação, há um imenso aprendizado de amor, a ser conquistado no tempo, em atitudes de compreensão, renúncia e abnegação.
Fonte: Jornal Palavras de luz nº 32 – junho/2005