LIVRE ARBÍTRIO: QUERER É PODER.
Poder fazer aquilo que se quer é anseio de todos. Afinal, a liberdade é tida como um direito natural do ser humano e a vontade própria, uma decorrência irreprimível do discernimento.
Entendido como a capacidade de agir dependendo só da vontade, o livre arbítrio parece não existir, pois está claro que não se pode fazer tudo o que se quer.
Muitos dos desejos nunca são realizados e outras coisas, embora indesejadas, tornam-se inevitáveis. Parece que o destino impõe fatalidades, determinando situações contra as quais não adianta se opor.
O livre arbítrio mostra-se absoluto na liberdade de pensar. Ninguém pode impedir a liberdade de pensamento, mas no falar e agir a liberdade não é a mesma, pois as leis impõem respeito aos direitos dos outros.
Somente a visão esclarecida sobre a realidade espiritual permite compreender que o livre arbítrio efetivamente é uma expressão da consciência fazendo suas escolhas.
O livre arbítrio não pode ser entendido isoladamente, sem a consideração do conjunto de leis naturais, muito especialmente da Lei de Causa e Efeito, segundo a qual cada manifestação do espírito gera inevitáveis consequências.
A decisão pode ser escolhida, mas a consequência é imposta.
Reconhece-se que o grande esforço da evolução do espírito, consiste exatamente no aprimoramento da utilização do livre arbítrio. À medida que evolui à luz do conhecimento e da sublimação dos sentimentos, o espírito amplia sua capacidade de discernir, modificando as decisões da consciência, gerando novas consequências para si e transformando o próprio destino.
Jesus veio despertar as consciências, dedicando um gesto livre e decidido de Seu amor consciente à humanidade, impulsionando a educação das almas a quererem pensar, falar e fazer o que deve ser pensado, falado e feito para serem mais felizes.
Veio ensinar que querer amar é poder ser feliz.
Fonte: Jornal palavras de luz – nº 16- fevereiro/2004.