PROVAÇÕES
Tratando-se de sofrimento, por certo podemos falar sobre o assunto, sem necessitar recorrer à experiência alheia, pois seguramente já o conhecemos desde os dias da infância ou o encontramos em qualquer outra fase da existência.
Dores físicas ou morais, advindas de persistentes enfermidades orgânicas ou psíquicas, de insuperáveis restrições econômicas ou intelectuais, de angustiantes afastamentos ou desajustes afetivos, de frustrações pessoais ou sociais, alinham-se entre os quadros comuns de nossas experiências.
Buscar a causa de nossos sofrimentos, encontrar o alívio para os nossos males e principalmente alcançar os meios para não sofrer mais é legítimo anseio de todos os que aspiram a superação de suas provações.
Sem a noção da reencarnação – através da qual retornamos à vida física, esquecidos do passado, mas sob as repercussões das existências anteriores, em oportunidade renovadora de soerguimento diante de falhas cometidas e de afirmação e expansão de nossas forças espirituais em evolução – não seria possível reconhecer as causas de nossas mais graves dificuldades nem a bondade, a misericórdia e a justiça de Deus.
O esclarecimento sobre as leis perfeitas que regem o destino humano, permite identificar cada situação desafiadora, como justa, oportuna e indispensável providência da vida, reajustando-nos com o passado, recompondo-nos no presente e preparando-nos para o futuro.
A dor, como decorrência natural da imperfeição, converte-se em instrumento de libertação da causa que a determina, quando o Espírito descobre a própria destinação gloriosa e assume a responsabilidade consciente pelas grandes transformações em si mesmo. Damonos conta de que não somos culpados por nossa imperfeição, mas somos responsáveis por nosso aperfeiçoamento.
Na condição de reajustes benéficos, as provações têm a intensidade de suas causas profundas e a duração de sua utilidade retificadora. Não constituem castigos insensatos e destituídos de sentido, mas estímulos impulsionadores da evolução, encontrando na fé raciocinada, na coragem determinada, na resignação consciente, no trabalho edificante, os melhores recursos para serem enfrentadas e superadas.
Ao bem-aventurar os aflitos e ao convidar os que se acham sobrecarregados para o Seu encontro amoroso, Jesus assegurou consolação e alívio àqueles que transitam pelas provações deste mundo, oferecendo amparo aos corações esperançosos que se habilitam em momentos de dor à conquista da felicidade infinita. (Editorial do jornal Palavras de Luz, nº 48- out. 2006)
VENCERÁS
Emmanuel
Vencerás
Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança, ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones à dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens nem fracassos.
Estuda buscando aprender.
Não te voltes contra ninguém.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para que se te faça luz na vida íntima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim vencerás.
Fonte: (Livro Astronautas do Além – Espíritos diversos- item 22, Chico Xavier)