O NASCIMENTO
Nasce a criança, normalmente envolvendo a família e os amigos em clima de justificada alegria e entusiasmo. O novo ser, embora frágil e delicado, parece trazer uma esperada mensagem renovadora da vida.
Encerrou-se um período de expectativas para os que aguardavam o nascimento. Para o pequeno ser, consumou-se a etapa de formação biológica, em complexo processo de desenvolvimento a partir da célula inicial, até constituir cada um dos órgãos funcionais integrantes do corpo físico.
Submetida às leis da genética e da hereditariedade, assim como às influências do ambiente, a formação do organismo está sobretudo subordinada decisivamente ao comando do perispírito, através das linhas de força que projeta à estrutura embrionária, como matriz espiritual em sua função organizadora.
O perispírito, corpo fluídico complexo que envolve o espírito e serve à moldagem e sustentação das estruturas biológicas, registra os reflexos autênticos e exclusivos do espírito individual, assegurando-lhe a continuidade da vida psíquica nos diferentes níveis existenciais.
O novo corpo físico, assim estruturado, é animado pelo espírito préexistente e imortal, que retorna à vida física para prosseguir sua evolução, dispondo de um instrumento peculiar às suas necessidades e possibilidades de progresso.
No atual estágio evolutivo, o espírito imortal precisa estagiar no plano material. Para atuar sobre a matéria o espírito precisa da matéria.
As leis naturais, como manifestação da vontade de Deus, ao proporcionarem o instrumento físico indispensável e adequado ao progresso espiritual de cada indivíduo, revelam uma expressão do Amor Infinito dedicado às Suas criaturas.
O nascimento é a consumação da primeira etapa da existência iniciante e, na forma em que se apresenta nas circunstâncias do mundo, sempre significa um ato de Deus, assegurando a continuidade da evolução do ser humano como obra divina em plena realização.
Fonte: Jornal Palavras de luz nº 42 – abril/2006