BENFEITORES
Vivendo em um mundo de provas e expiações, experimentando e testemunhando dificuldades individuais e coletivas, podemos sentir-nos desanimados, ante as impressões de desamparo que nos surpreendem.
É natural que a ausência de esclarecimento espiritual e a condição de imaturidade espiritual em que estejamos situados, impeçam uma visão mais ampla da realidade que nos permitiria reconhecer a permanente assistência que nos é estendida.
Todas as circunstâncias são formadas sob as leis sábias, justas e amorosas de Deus, que nos fazem evoluir expandindo as potências do espírito imortal que todos somos. Assim, a existência, por mais desafiadora que se apresente, sempre significa oportunidade grandiosa de aprimoramento e de crescimento para a felicidade.
Nos quadros do aprendizado que a encarnação oferece, somos dependentes de tantos que assumem a função de benfeitores, ensejando-nos as condições de geração, sobrevivência, convivência e realização pessoal.
Desde os pais que nos beneficiam, formando o corpo que usamos, dando-nos a educação segundo os seus padrões e provendo os recursos possíveis para a nossa subsistência, passando por outros educadores e instrutores que auxiliam-nos no âmbito da inteligência, na formação do caráter e na capacitação para a vivência, incluindo os amigos que escutam, orientam, consolam, alertam, apoiam, divertem e compartilham o próprio coração em expressões de simpatia e solidariedade, assim como outros tantos benfeitores conhecidos e anônimos que, pelo que são e fazem, beneficiam-nos o corpo e a alma atendendo-nos as múltiplas necessidades e aspirações na jornada que empreendemos neste lado da vida.
Do plano espiritual contamos com os dedicados e incansáveis benfeitores, que nos auxiliam desde antes do berço, afiançando-nos as aspirações de incursão exitosa no plano físico. Avançados em sentimentos enobrecidos, os benfeitores espirituais fazem-se anjos guardiões assistindo-nos na infância e convertem-se em fraternos guias e protetores espirituais acompanhando-nos em todos os dias da maturidade. Não vivem a nossa vida, mas dedicam seus melhores sentimentos, auxiliando-nos a vivê-la.
O bem é uma exigência e uma possibilidade em todas as dimensões da vida, por ser o amor uma lei universal. Praticar o bem transforma necessitados em benfeitores, identificando-os à incessante ação amorosa de Jesus Cristo, o Sublime Benfeitor da Humanidade.
Fonte: Jornal Palavras de Luz nº 58 – agosto/2007