TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
(…)
Em o Livro dos Espíritos, no capítulo dedicado à Lei de destruição, o insigne mestre de Lyon1 estuda as causas e razões dos desequilíbrios que se dão no planeta com frequência, ensejando as tragédias coletivas, bem como aquelas produzidas pelo ser humano, e constata que é necessário que tudo se destrua, a fim de poder renovar-se. A destruição, portanto é somente produzida para a transformação molecular da matéria, nunca atingindo o Espírito, que é imortal.
Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade.
As dores que defluem desses fenômenos denominados como flagelos destruidores, objetivam fazer a “Humanidade progredir mais depressa. Já dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.”2
Eis, portanto, o que vem ocorrendo nos dias atuais.
As dores atingem patamares quase insuportáveis e a loucura que toma conta dos arraiais terrestres tem caráter pandêmico, ao lado dos transtornos depressivos, da drogadição, do sexo desvairado, as fugas psicológicas espetaculares, dos crimes estarrecedores, do desrespeito às leis e à ética, da desconsideração pelos direitos humanos, animais e da Natureza….Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente.
Contribuindo na grande obra de regeneração da Humanidade, Espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, a fim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o estabelecimento do Reino de Deus nos corações.
(…)
Fonte: Trecho retirado do livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA, do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco.
1 Allan Kardec. 2 O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Parte 3ª. Capítulo VI, questão nº 737, 29ª edição da FEB