MATERNIDADE
Que mistério é esse que envolve as mães?
Eis uma pergunta difícil de explicar. Não existe uma única criatura no mundo que não haja experimentado o envolvimento de sua mãe.
Seja um envolvimento positivo, amoroso, seja um envolvimento lamentável, doentio, patológico. Mas, ninguém escapa da presença da mãe.
Alguém pode nascer sem a presença do pai, mas é impossível alguém nascer no mundo sem a presença da mãe.
A mãe é essa criatura tão especial que, muitas vezes, atormenta a vida dos filhos, desejosa de impulsionar a vida do filho.
Muitas vezes abafa o filho, querendo protegê-lo e, desse modo, verificamos quanto é importante essa figura no mundo!
Em O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ele chega a perguntar aos seres espirituais qual é a missão mais importante dentre aquelas que Deus concedeu aos homens na Terra e às mulheres. Os Imortais respondem a Allan Kardec que a missão mais importante é a da mulher. E complementam – porque é ela que educa o homem.
Quando nós pensamos nisso, verificamos a importância da mulher consciente, quando ela tem esse apercebimento do seu papel e quando tem essa certeza de sua influência, porque não há uma única mãe que não exerça influência sobre seus filhos.
Podemos mesmo ousar e dizer que, como base de todo o bruto, de todo o homem grotesco que houve na Humanidade, havia a figura de uma mulher, sua mãe.
Porque foi ela que fez com que ele não levasse desaforos para casa, foi ela que o ensinou a devolver agressão com agressão, ensinou-o a ser egoísta. Mas, por baixo da história de todo santo, de todo missionário, de toda criatura do bem, existe a figura de uma mulher, de sua mãe.
Foi ela que disse: Meu filho, quando um não quer, dois não brigam. Meu filho, é melhor um covarde vivo do que um corajoso morto. Meu filho, venha lavar em casa os problemas da rua, porque em casa você encontrará amor. Roupa suja, meu filho, se lava em casa.
Então, desse modo, nós encontramos mães que criaram seus filhos para cima, e mães que empurraram seus filhos para baixo.
Encontramos aquelas que sabem que seus filhos não lhes pertencem, sabem que seus filhos são filhos de Deus essencialmente, são filhos da vida e que para a vida elas os deverão educar.
Há outras que supõem que eles sejam seus pertences, inoculam neles as suas fragilidades, os seus medos, os seus temores, seus pontos de vista.
Daí, então, começarmos a pensar na trajetória da mãe sobre o mundo, quando ela tiver essa consciência do seu papel junto aos filhos, quando ela admitir que serão seus filhos os professores de amanhã, os médicos, os advogados, os juízes, os políticos.
Quando ela admitir que serão seus filhos que administrarão as cidades, os Estados, os países, que responsabilidades terão em suas mãos. Elas próprias se tratarão melhor, para que não tenham a cabeça infernizada por complexos de culpa, por conflitos e possam passar para os seus filhos esse respeito à vida, esse respeito aos outros.
Jamais ensinando aos seus filhos que têm que respeitar os mais velhos, mas ensinando aos seus filhos que eles têm que respeitar a todo o ser humano, a todo ser vivente. E aí, a mãe ensinará os filhos a amar os vegetais, a proteger as florestas, começando a cuidar dos jardins em casa. Ela ensinará o respeito aos animais.
E, desse modo, então, quem começa das coisas simples, terá capacidade de realizar as coisas complexas.
Ah, mulher mãe! Que mistérios envolverão a sua figura?
Fonte: Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 147, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
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http://www.feparana.com.br/topico/?topico=2145#:~:text=As%20nossas%20m%C3%A3es%20s%C3%A3o%20 aquele,mesma%20habilidade%20para%20ser%20m%C3%A3e.