MEIO AMBIENTE
Desafios
Hoje, estamos retirando da Natureza mais do que a Natureza é capaz de repor. Qual e o risco já então? De um colapso global, de um apagão sistêmico de tudo que necessitamos da natureza para sobreviver: água, terra fértil, matéria-prima. Sem isso não continuaremos.
Não é o planeta que está em risco. Ele já passou por 14 ou 15 glaciações. Já houve, há 65 milhões de anos, chuva de meteoros. Os dinossauros desapareceram nesse período. Não sobrou quase nada da biodiversidade.
Quais os desafios imensos que temos pela frente para corrigir os rumos?
Primeiro e mais importante: a mudança do clima. Alguém poderá argumentar que o clima já mudou antes. Realmente. Já tivemos as 14 ou 15 glaciações, já tivemos concentração de CO2 muito maior que a de hoje. Só que isso aconteceu sempre por razões naturais. O que se verifica hoje é a mudança do clima numa velocidade muito maior, em razão de uma demanda progressiva da queima de carvão, petróleo e gás.
Não menos preocupante é a escassez de água doce limpa, cada vez mais difícil de obter.
Outro problema é a produção monumental de detritos. Sessenta e cinco por cento (65%) dos municípios brasileiros despejam seus resíduos nos chamados lixões, que são verdadeiras bombas-relógios ambientais.
Na Casa Espírita
Quando trazemos esse assunto à Casa Espírita, parece que nós não temos a mesma capacidade de algumas outras correntes espiritualistas de se sensibilizar com o tema e decodificá-lo.
Na nossa rotina usamos frases de efeito que confirmam a nossa fé. Por exemplo: “A verdadeira vida é a vida espiritual”.
Cabe discutir que sentido atribuir a essa frase. O exagero em relação a isso pode significar que as ações que vão requerer atenção em relação ao aqui e agora – consumo consciente, reciclagem do lixo, uso racional da água, uso inteligente de energia – seriam questões menores, “porque a verdadeira vida é a espiritual”.
Fonte: (André Trigueiro – Revista Presença Espírita maio/junho 2012 pag. 15 e 16)