IGUALDADES E DIFERENÇAS
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Art. 1º – Declaração Universal dos Direitos do Homem da Organização das Nações Unidas.
Foram necessários milênios de evolução para que a igualdade dos direitos humanos se tornasse um valor universal, como proposta da humanidade a orientar os povos para a construção da Paz por meio da Fraternidade.
Há mais de dois milênios os ensinamentos de Jesus revelaram a fraternidade como um dever a ser observado em respeito ao direito do próximo de ser amado, nivelando em dignidade todos os seres humanos.
Com Jesus, a fraternidade humana passou a ser uma lei sustentada pelo conceito da amorosa paternidade Divina, convertendo os homens a condição de irmãos.
A Doutrina espírita explica que todos os homens estão submetidos às mesmas Leis da Natureza e que, por sua origem e destinação, estão igualados aos olhos de Deus, que não concedeu a nenhum homem superioridade sobre os demais.
Na escalada da evolução humana sob as leis naturais, o despertar da consciência manifestado pelo livre arbítrio, veio determinar reflexos de suas decisões nas circunstâncias existenciais, formando exigências e possibilidades peculiares a cada ser.
O uso da liberdade individual formou consequentes diferenças, caracterizando a condição evolutiva de cada consciência.
A liberdade igual para todos como lei natural, determinou diferenças para cada um por força do progresso, que também é uma lei natural e que o ser humano desenvolve por si mesmo, mas não simultaneamente nem do mesmo modo.
As diferenças entre os homens assinalam os diferentes níveis do progresso realizado e as exigências do progresso a realizar, impondo as consciências esclarecidas espiritualmente, o dever do auxílio pelas diferentes condições em que se apresentam.
Se naturais diferenças revelam distintas possibilidades e necessidades, a fraternidade é o sentimento que reconhece as igualdades substanciais nos seres humanos, nos seus propósitos de felicidade, na sua aptidão para amar e na sua relação com Deus, permitindo a compreensão profunda da sublime mensagem do Cristo à humanidade: “Amai a Deus sobre todas as coisas e amai ao próximo como a vós mesmos”.
Fonte: Jornal Palavras de Luz Nº 82 agosto/2009.