DEPRESSÃO
Vive a sociedade terrestre grave momento na área da saúde emocional e comportamental.
Apresentando-se em caráter pandêmico, a depressão avassala os mais variados segmentos sociais, arrastando verdadeiras multidões ao terrível distúrbio de conduta.
As grandiosas conquistas da inteligência ainda não lograram impedir a irrupção, em forma devastadora, desse transtorno que dizima incontáveis belas florações da cultura, da arte, da ciência, do pensamento, da inteligência e do sentimento.
Apresentando-se como decorrência de problemas fisiológicos – hereditariedade, enfermidades infectocontagiosas e suas sequelas, golpes que produzem lesões cerebrais – como também de natureza psicológica – ansiedade, medo, solidão, angústias por perdas de diversas expressões – vem recebendo o melhor contributo da ciência e da tecnologia, sendo de difícil erradicação, pela facilidade com que se apresenta em recidiva constante, quando tudo parece harmônico e saudável.
A doença se exterioriza em razão do doente, que é sempre o Espírito reencarnado em processo de reequilíbrio dos delitos anteriormente praticados.
Desse modo, quase todas as terapêuticas da atualidade, através dos medicamentos eficientes, assim como de incontáveis propostas de libertação do paciente, devem ter em vista a recomposição moral e espiritual do mesmo.
A depressão é doença da alma, que se sente culpada, e, não poucas vezes, carrega esse sentimento no inconsciente, em decorrência de comportamentos infelizes praticados na esteira das reencarnações, devendo, em consequência, ser tratada no cerne da sua origem.
O Espírito, porque aos outros infelicitando, agora sente-se no dever de ressarcir os erros, de retificar condutas, de resgatar os males praticados, e o sofrimento é um dos admiráveis mecanismos oferecidos pela vida para esse fim.
Porque, situando-se na mesma faixa de desenvolvimento afetivo, suas vítimas, que o não perdoaram, permanecendo na erraticidade e reencontrando-o, investem com fúria contra a sua paz, na desenfreada loucura da perseguição insana, em que também se comprometem, dando lugar aos lamentáveis processos de depressão por interferência obsessiva.
Podemos mesmo asseverar que, na maioria dos transtornos depressivos, a causa apresenta-se como de natureza espiritual, ou após desencadeada pelos fenômenos orgânicos – psicológicos ou fisiológicos – torna-se mais complexa em razão da influência perniciosa dessas personalidades desencarnadas.
Nesse particular, o Espiritismo apresenta o seu arsenal de socorros, como, de início, o esclarecimento do paciente, a fim de que adquira a consciência de responsabilidade, dispondo-se à recuperação a esforço pessoal, sem mecanismo passadista de transferir para outrem o que ele deve realizar.
Logo depois, o empenho para conseguir a própria transformação moral para melhor, no que irá contribuir para amainar o ódio, o ressentimento da(s) sua(s) vítimas(s) de ontem que, sensibilizada(s) pela sua mudança de comportamento, resolverá(ão) por deixá-lo entregue à própria sorte… Em seguida, o hábito saudável da oração, dos bons pensamentos através de leitura edificantes, dos diálogos que enriquecem o ser interior, da fluidoterapia – passes, água fluidificada, desobsessão.
O Senhor da vida não é insensível cobrador de crimes, mas Pai Generoso que sempre oferece oportunidade ao calceta, a fim de que se reabilite e seja feliz.
Fonte: Vitória sobre a Depressão -Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna De Ângelis