BULLYING
Bullying é o comportamento agressivo intencional que pode se expressar de diversas maneiras (verbal, física, social e emocionalmente, em relacionamentos, pela internet, ou numa combinação desses vários fatores). É gerado pelo desequilíbrio de poder e ocorre repetidas vezes, durante um período de tempo.
Surge espontaneamente, não como reação a provocações, e possui modalidades diversas.
As características mais comuns do bullying são a discriminação, a chacota, apelidos pejorativos, boatos, ameaças verbais, provocações, intimidação, isolamento ou exclusão e agressão física.
Pode ocorrer em qualquer lugar, porém é mais comum em locais onde há poucos adultos para supervisionar, como ônibus, pontos de ônibus, banheiros, corredores, lanchonetes e pátios de escolas.
Não tenha receio de falar sobre o assunto com seu filho. […] Uma boa maneira de imunizar seu filho aos ataques é conversar abertamente (desde cedo e com frequência) sobre o assunto, ler e explicar a ele o material publicado em artigos e livros, e, até mesmo, ensaiar situações que ele pode vir a enfrentar e mostrar como ele deve reagir.
DIFERENÇAS ENTRE O BULLYING E OS CONFLITOS COMUNS
Conflitos e brigas na infância são normais. Ensinam as crianças a enfrentar as dificuldades do dia a dia e as preparam para a vida. O problema começa quando os conflitos ultrapassam determinados limites e passam a ter as características de bullying, já mencionadas: desequilíbrio de poder, intenção de ferir ou humilhar e ameaças de que a perseguição continuará.
E tratar o problema como se fosse uma discussão ou um conflito comum não resolve. A própria palavra “conflito” sugere participação e responsabilidade de ambas as partes. Nesse caso, basta chegar a um consenso e tudo se esclarece.
Entretanto, o bullying não é um conflito e sim uma forma de violência em que uma das partes é o agressor e a outra é a vítima.
Alguém precisa dizer ao bully: “Seu comportamento é inaceitável e não será tolerado”. E à vítima: “Ninguém merece ser maltratado. Não permitiremos que isso aconteça”. Fazer a vítima se sentir mais segura é prioridade.
Lembre-se: conflitos fazem parte da vida e ensinam as crianças a ser mais fortes. Já o bullying é exatamente o oposto: torna-as fracas e com baixa autoestima.
Livro: Cuidado! Proteja seus filhos dos bullies. Autores: Deborah Carpenter e Christopher J. Ferguson