O INCOERCÍVEL PODER DO AMOR
Por mais definições e conceitos apresentem o amor, a sua força incoercível transcende sempre as colocações filosóficas, éticas, emocionais, comportamentais, pelas quais se expressa.
Mesmo nas manifestações primárias, quando se inicia com singelas características derivadas do instinto de preservação da vida, desenha todo um roteiro de crescimento que alcançará as culminâncias, adornando-se de sacrifícios e de holocaustos, de ternura e de abnegação.
Nascido nas inexauríveis Fontes do Excelso Criador, apresenta-se num caleidoscópio de manifestações que movimentam o cosmo e todos os seres viventes.
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O deotropismo, que a tudo e a todos atrai para o seu Divino Fulcro, é a mais elevada e grandiosa manifestação do seu poder, em razão de erguer do caos da insignificância a vida nas suas primeiras apresentações, especialmente o princípio inteligente, na sua origem, até proporcionar-lhe a plenitude.
O amor ilumina a sombra da ignorância com o conhecimento, fomenta o progresso pelo trabalho, amplia os horizontes da percepção mediante o exercício contínuo da meditação.
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O amor é a alavanca propulsora do bem que se esparge na Terra.
Sem a sua presença, a natureza seria árida e a beleza que brilha em toda parte ficaria reduzida ao desencanto e à degradação…
Nunca te canses, portanto, de amar.
Seja qual for a situação em que te encontres, dispões do instrumento divino do amor para equacionar quaisquer dificuldades, enobrecer os acontecimentos, fomentar o desenvolvimento moral, espiritual e material do ser humano.
Não fosse o amor de Nosso Pai, e a vida seria um fenômeno espúrio do acaso, candidata à desintegração, por absoluta falta de finalidade.
Quando amas, a tua vida adquire sentido e significado psicológico, porque se enriquece de bênçãos, que são os valores elevados da misericórdia, da compaixão, da afabilidade, da renúncia, da caridade, sem a qual não há salvação.
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Jesus, o excelente psicólogo, numa época em que predominavam o crime e a traição, o suborno e o utilitarismo, a descrença e o cinismo triunfava, quando a vida humana valia menos do que a de uma animália, embora perseguido e odiado, elegeu o amor como sendo a maior conquista destinada ao ser humano.
E para demonstrar a grandeza dessa emoção superior, amou-nos em total segurança, de maneira que não trepidou em oferecer-se em holocausto, dando a própria vida, a fim de demonstrar-nos que a existência física somente possui objetivo quando é dominada pelo amor.
Fonte: Livro: Entrega-te a Deus, Divaldo Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis. Editora InterVidas