ABORTO PROVOCADO
O aborto provocado é um crime hediondo! É acima de tudo, um crime covarde, pois vai interromper a vida de alguém que não se pode defender. O Espiritismo, assim como as outras religiões, desaprova o aborto provocado.
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Justifique-se o aborto como se melhor pretenda. Todavia, matar um ser indefeso é, sem dúvida, um dos mais graves delitos praticados contra a vida, ainda mais se pensarmos que este ser não teria pedido para ser formado por quem se conjuga sexualmente de forma leviana.
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Em nenhuma circunstância serão encontradas justificativas para o infanticídio. Não somos autores da vida! Por isso não temos o direito de submetê-la aos nossos caprichos, eliminando-a.
Perante os códigos éticos da vida espiritual apenas uma situação nos autoriza a praticar a interrupção do processo gestacional: o aborto terapêutico. Allan Kardec transcreveu a opinião dos Espíritos sobre o aborto no qual se pretende salvar a vida da gestante. Quando a integridade física da mãe está em risco é preferível que preservemos uma vida já consolidada do que comprometê-la em razão de uma vida ainda em formação. Salvando-se a vida da mulher-mãe ela terá outra oportunidade de ter filhos e de trazer à vida física o Espírito ora candidato à reencarnação.
Justifica-se que, se o aborto tornar-se ato legal, a onda de crimes em torno dele, se fará muito menor, o que é equívoco. As estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-se em risco a vida da mulher. Se tivermos de legitimar o aborto para impedir outros crimes, retornaremos às faixas primárias da vida! Abortar para evadir-se da responsabilidade livremente aceita, nunca!
Por mais que o aborto receba a legalização oficial, nunca deixará de ser um crime hediondo contra a Humanidade. No entanto, a criatura humana, pelos seus instintos agressivos, procura o mecanismo desculpista nas leis terrenas, invariavelmente injustas, para dar vazão aos seus sentimentos perturbadores, qual ocorre nestes dias, em que o abortamento é ilegal. Mesmo que as leis se tornem favoráveis ao crime do infanticídio, aqueles que o cometerem não poderão alegar que agiam sob o amparo da legislação humana, porquanto está estabelecido no Decálogo: “Não matarás”. E este preceito não tem exceção. Diante da Consciência Cósmica a interrupção da vida da criança sempre representará um grave delito.
Ademais, repugna à consciência humana matar uma vítima indefesa, somente porque os caprichos, os preconceitos e os anseios desvairados impõem essa atitude, que nunca terá justificativa.
Fonte: Textos do cap. 3, da obra SEXO E CONSCIÊNCIA. Divaldo Pereira Franco, (organizado por Luiz Fernando Lopes), Salvador: LEAL, 2016