A CURA
A cura real somente ocorrerá do interior para o exterior, do cerne para a sua forma transitória.
Nesse sentido, a cura tem início quando o paciente se ama e passa a amar o seu próximo.
O processo de recuperação tem o seu curso, quando esse indivíduo consciente se liberta das paixões primitivas, alçando a mente e o coração aos nobres anseios e lutas de autoaprimoramento.
Mesmo na área das terapias acadêmicas tradicionais, a cura orgânica, psíquica ou emocional sempre se apresenta suscetível de recidiva, caso não haja uma profunda mudança de hábitos mentais e comportamentais da criatura, que permanecerá vulnerável, sem defesas imunológicas.
A psiconeuroimunologia demonstra que cada um é, na área da saúde, aquilo que pensa e quanto se faz a si mesmo.
Assim, a cura é um processo profundo de integração da pessoa nos programas superiores da Vida.
Toda cura procede de Deus. Como Deus é amor, eis que o amor é essencial no mecanismo da saúde.
O amor sempre está aberto à compaixão. Não se pode ser compadecido, olvidandose da solidariedade.
Desse modo, curar ou curar-se, é forma de contribuir para o bem-estar do próximo.
A solidariedade abarca todos os seres sencientes, inclusive a Natureza nas suas variadas manifestações. Nessa amplitude do sentimento surge a necessidade da integração de cada um no organismo geral, sem a perda da sua individualidade.
Curar é participar com elevado sentimento de compreensão das debilidades alheias.
Essa compreensão expressa-se como tolerância, que ajuda sem reprochar e sem revolver feridas.
Curar é tolerar tudo e todos, avançando no rumo da paz.
A paz resulta do equilíbrio entre a razão e o sentimento, o que se faz e como se faz, sempre edificando.
E para consegui-lo, é indispensável orar.
Curar é, portanto, mergulhar no oceano da oração, de onde procedem a inspiração e a coragem para prosseguir no esforço de crescimento espiritual.
As curas verdadeiras resultam da decisão superior de encontrar-se e localizar-se, cada qual, no contexto do equilíbrio que vige no Universo.
Nem sempre será a cura a falta de doença ou a ausência do medo, porém, ela se caracterizará pela confiança e pela ação enobrecida, que superarão os obstáculos, liberando o ser do primarismo que nele se demora, expresso nas mazelas que conduz das reencarnações infelizes.
Curar é liberar-se do ego inferior e alar-se ao eu profundo, espiritual, sua realidade legítima.
Sempre que Jesus curava, envolvia o paciente em sucessivas ondas de amor, e por sabê-lo eterno, necessitado de novas e contínuas viagens carnais iluminativas, recomendava, conciso: Não tornes a pecar, para que não te aconteça nada pior.
Fonte: Livro Desperte e seja feliz, psicografia de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.
