ADOLESCÊNCIA
Todas as fases da existência são importantes para a evolução do espírito, exercendo cada uma delas significativa função educadora para a alma em sua transição no mundo físico.
Passado o período da infância, na adolescência o espirito experimenta o impacto do despertar de suas características próprias, formadas nas experiências existenciais anteriores e pela influência da educação que recebeu na encarnação atual.
As transformações corporais que ocorrem nesta fase, acompanham o processo das manifestações mais fortes da personalidade do espírito. É o acordar gradual e acentuado de suas forças psíquicas, do seu patrimônio espiritual, a par do desenvolvimento biológico que se realiza sob os efeitos desencadeados pela ativação das cargas hormonais.
Este estado de mudanças, variável para cada indivíduo, a partir de alterações físicas e funcionais repercute significativamente na conduta psicológica, surgindo muitos conflitos perturbadores para o jovem, destacandose os conflitos de identidade, em esforço íntimo de descobrir quem é e o que veio fazer no mundo.
Em plena eclosão das forças sexuais, acentuam-se as possibilidades de manifestações mediúnicas, exigindo educação adequada e acompanhamento orientado. Os compreensíveis conflitos comportamentais do adolescente, sua situação de espírito necessitado de progresso e as condições favorecidas de maior intercâmbio com os desencarnados, o expõem a influências espirituais perturbadoras e mesmo a graves processos obsessivos.
A Doutrina Espírita, essencialmente educativa, oferece ao jovem e a sua família, a visão da realidade espiritual, que permite reconhecer a vida física como oportunidade para o aperfeiçoamento do espírito, ensejando respostas, orientação e terapias para a sustentação do equilíbrio também nesta fase de transição da infância para a maturidade.
Os recursos terapêuticos espirituais, o acompanhamento e a movimentação orientada da mediunidade incipiente e a evangelização da alma juvenil consistem no amparo que o Espiritismo estende aos jovens, expressando o sublime acolhimento do Cristo os legítimos anseios de liberdade e de felicidade daqueles que, em suas conquistas evolutivas, passam a assumir o encargo da edificação de um mundo renovado nos valores superiores da justiça e do amor.
Fonte: Jornal Palavras de luz nº 47 – setembro/2006.