A PACIÊNCIA
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade de deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte
Coragem amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expirar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. (Um Espírito amigo-Havre, 1862- O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Cap.IX)
PACIÊNCIA NO LAR
A paciência, no lar, é o fruto do amor.
O amor, portanto, favorece que a alma se manifeste dentro do máximo de tolerância, atribuindo-lhe a ventura de ser um exemplo em todos os momentos mais cruciais da existência
Paciência é amor fraternal.
Quem já conquistou essa virtude, aceita todas as demais criaturas como irmãs de sua própria alma, em qualquer momento menos ou mais feliz da vida.
Quem já a tem, portanto, conhece bem a regra áurea, ensinada por Jesus, realizando-a no: sim, sim; não, não.
Com isso, não dispense a energia, quando necessária, para clarear qualquer circunstância e corrigir todos os enganos de boa ou má fé.
É que a paciência é tolerância esclarecida e, negar-se à dissolução de mentiras ou de falsidades, seria baratear a sua capacidade de querer bem.
Ilumine-se pelo Evangelho e, com as luzes da Boa Nova instaladas, você alcançará o degrau da tolerância esclarecida, da paciência dentro do lar.
Eduque-se e domine a sua vontade, superando as suas deficiências espirituais, empenhando-se vivamente no esforço próprio e não tema os desafios do dia a dia.
Jamais se faça indiferente.
Esqueça os hábitos milenares das queixas.
Em tempo de algum se interne na posição de vitima, mesmo quando tudo lhe pareça adverso, já que todas as nossas limitações pessoais são frutos de nós mesmos.
Discipline-se a cada minuto de sua existência.
Contenha seus impulsos súbitos, criando em você mesmo uma atmosfera de disciplina e considere o amor a sublimação da vida.
Eis, então, que você será, no lar, aquele que repete mil vezes os mesmos conselhos salutares, de mil modos diferentes, e que assim, determinará a modificação do estado atual de almas mergulhadas na indiferença e próximas dos precipícios da dor
A paciência é a chave do coração. (Filhos, Como Educá-los: Na Visão Espírita – Roque Jacintho)