A PACIÊNCIA
Sem dúvida, a paciência é uma das virtudes mais apreciadas que se costuma esperar no comportamento alheio. Valoriza-se a calma e a perseverança de outras pessoas diante de suas contrariedades e de suas expectativas.
Embora seja uma força capaz de diminuir o peso das dificuldades e manter o ânimo esperançoso, não raramente a paciência é conceituada como sinal de fraqueza, acomodação e incapacidade de indignação, quando se pretende justificar as próprias reações de intranquilidade, ansiedade e perturbação.
Não se pode confundir paciência com mansidão inoperante ou imobilismo contemplativo, que conduzem a omissões ou atitudes ociosas diante de situações que exigiriam atuação dinâmica e firme.
A paciência não é uma manifestação de desalento, mas uma poderosa força da alma, que se origina da energia com amor. Assegura perseverança, constância e abnegação para as grandes lutas da existência, estimulando a persistência na construção das soluções com determinação e equilíbrio.
Com paciência harmoniza-se o lar, educam-se as gerações, realiza-se o estudo, progride a ciência, afirma-se a saúde, aprimoram-se as leis, estrutura-se o progresso, conquista-se a liberdade, edifica-se a paz…
Decorre, a paciência, da capacidade de entender a si próprio e aos outros e de compreender o profundo significado das situações da vida, considerando as implicações das leis que regem a evolução do espírito imortal.
Expressa o grau de maturidade espiritual alcançado pela alma no domínio das próprias forças, na sabedoria de conduzir-se com equilíbrio e lucidez e, sobretudo, no reconhecimento das Forças Divinas que mantêm a harmonia universal.
É a paciência uma manifestação de amor a si mesmo, como obra divina em evolução, de amor ao próximo, pela identificação com as próprias lutas, e de amor a Deus, pela fé e confiança no porvir.
Fonte: Jornal Palavras de luz nº 43 – maio/2006