A NOSSA FAMÍLIA
Todos reconhecem a importância da família, influenciando na saúde, na educação, na situação econômica, nas relações sociais e afetivas de seus integrantes. É fator decisivo para a formação da visão do indivíduo a respeito de si mesmo, dos outros, do mundo e da vida.
Não existem duas famílias iguais e, num mundo em transformação, percebe-se que a família sofre e exerce transformações.
Nestes dias em que renúncia, sacrifício, devotamento, dedicação parecem ceder lugar a interesses personalistas, busca de facilidades, de sensações prazerosas e prevalência do individualismo, pensa-se sobre a falência da família como instituição estruturadora do tecido social.
A visão da realidade espiritual, no entanto, nos mostra que a família é uma instituição divina, que não se forma ao acaso. Compõe-se pelo agrupamento de espíritos comprometidos entre si com a evolução de cada um de seus membros.
É a família o encontro e reencontro de almas, que progridem entre necessidades e recursos, distinções e afinidades, desafios e capacidades.
Filhos, pais, irmãos parentes enfim, são papéis desempenhados por espíritos agora anelados pela consanguinidade ou não, educando forças espirituais, no processo de sustentar-se e prover, aprender e ensinar, reparar e construir, conhecer, sentir e amar.
Na infinita sabedoria de Deus, por suas leis amorosas e justas, entre tantas famílias existentes, não havia outra mais adequada às nossas necessidades e possibilidades de progresso espiritual.
A nossa família, exatamente como se apresenta, significa dádiva divina, que torna possível e enseja as mais ricas experiências, como sublime instrumento da vida oferecido à conquista da felicidade pelo aprimoramento do espírito.
Fonte: Jornal Palavras de luz – nº 20 – junho/2004