A FORÇA DA PALAVRA
Quando Jesus pronunciou essa palavra divina – amor – fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios de esperança desceram ao circo (Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XI, Lázaro, Paris, 1862. Ed Lake.)
Para que estas palavras pudessem ser escritas, foi necessário percorrer um extenso caminho através do tempo. A palavra humana é fruto da longa evolução que ensejou a estruturação da mente e a expressão das ideias.
Como manifestação da alma, sendo a “voz do pensamento”, a palavra traduz conhecimentos e sentimentos, convertendo vibrações mentais que alcançam entendimentos e sensibilidades, exercendo influências e despertando vontades.
Nos dias atuais, impressionam os avanços da tecnologia, possibilitandonos recursos de comunicação, que potencializam a extraordinária força da palavra.
Temos condições de receber e de transmitir mensagens de qualquer parte do mundo e até de ouvir com clareza as palavras do astronauta que percorre o espaço infinito desvendando o universo.
No entanto, temos dificuldades para nos entender com aqueles com quem dividimos a mesa em nossos lares, assim como as nações, embora discutam a justiça e a paz em grandes conclaves, ainda não conseguem estabelecer a harmonia entre os povos.
Sem amor, a palavra culta, ao invés de esclarecer, confunde. Sem amor, a palavra orientadora, ao invés de formar, deseduca. Sem amor, a palavra justa, ao invés de libertar, escraviza. Sem amor, a palavra apaixonada, ao invés de emocionar, ilude. Sem amor, a palavra empreendedora, ao invés de construir, corrompe. Sem amor, a palavra humorada, ao invés de alegrar, constrange…
Para a consciência despertada para a realidade espiritual, cada palavra traduz o progresso realizado ou revela as carências da alma quanto à educação de suas potencialidades.
Ao pronunciarmos a próxima palavra estaremos assumindo a responsabilidade de poderosa conquista e de lançar em nossos destinos os reflexos de nossas almas aprendizes, que se educam através da vida a se expressar com amor.
Fonte: Jornal Palavras de luz nº 33 – julho/2005