SUICÍDIO
Encarar a vida terrena com calma, resignação e fé no futuro dá ao Espírito uma serenidade que é a melhor defesa contra o suicídio.
Todos os suicídios têm como causa principal um descontentamento. A vida humana, em relação à eternidade, representa bem menos que um dia. Portanto, aquele que tem certeza de ser infeliz apenas por um dia e sabe que nos dias seguintes estará melhor, consegue ter mais paciência, pois percebe que a infelicidade é apenas momentânea. O homem só se desespera quando pensa que seus sofrimentos não terão um fim. Aquele que está oprimido pelo infortúnio e não acredita na eternidade da vida, julga que após essa existência tudo se acabará. Assim, a morte passa a ser a única solução para seus problemas, e, por não esperar nada, ele acha natural e até mesmo muito lógico abreviar suas misérias pelo suicídio. O suicida, por não ter o conhecimento ou por não acreditar que a vida continua e que ninguém consegue matar o Espírito, cria para si um problema muito maior ao eliminar seu corpo físico. Ao infringir a Lei de Deus, tirando a vida do corpo, ele tem seu sofrimento muitas vezes aumentado em relação ao que teria caso permanecesse na Terra.
Os principais incentivadores do suicídio são: a descrença em alguma religião, a dúvida de que a vida continua após a morte, as ideias materialistas e a revolta contra os infortúnios da vida.
A propagação das ideias materialistas é o veneno que introduz em muitas pessoas o pensamento do suicídio. Através dos ensinamentos espíritas, a dúvida sobre a continuidade da vida após a morte já não existe mais. Com paciência e resignação, a ideia do suicídio é afastada naturalmente.
O Espiritismo nos apresenta os próprios suicidas que vêm nos relatar a condição infeliz em que se encontram no Mundo Espiritual. Esses relatos comprovam que ninguém viola impunemente a Lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Mesmo levando-se em conta que o sofrimento não é eterno, o suicídio traz consequências terríveis para quem o comete. O suicida precisará de várias encarnações para reparar o dano que causará a seu períspirito.
O Espírita tem vários motivos para se opor à ideia do suicídio.
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec