MUNDOS HABITADOS
Quando da obscuridade de sua caverna, o homem primitivo espreitava o céu estrelado, talvez ocorressem as primeiras ideias sobre o que significariam aquelas cintilações que adornavam a noite e despertavam a sua curiosidade.
Muitos milênios precisaram transcorrer para o homem conseguir formular conceito mais completo sobre o próprio mundo que habita, mantendo apenas cogitações quanto à função e à ocorrência de vida inteligente em outros ambientes do Universo.
A revelação espírita veio confortar a ideia intuitiva e a indagação da Inteligência, que se insurgiam ante à presunção de ser a Terra, discreto sítio no imenso conjunto universal, o único planeta a desenvolver vida e civilização.
O Espiritismo veio esclarecer que o Universo é obra divina, pleno de vida, em que os espíritos imortais evoluem, povoando diferentes mundos, conforme o grau de adiantamento espiritual alcançado.
Existem mundos habitados por espíritos de nível evolutivo equivalente aos que ocupam a Terra, outros mais primitivos destinados aos primórdios da evolução humana e aqueles mundos superiores ocupados por espíritos mais adiantados evolutivamente. As condições de cada mundo correspondem ao grau de adiantamento intelectual e moral dos espíritos que o habitam.
Na categoria dos mundos de provas e expiação, a Terra, que já foi um dos mundos primitivos, experimenta a predominância do mal sobre o bem, do interesse material sobre o moral, refletindo o estado evolutivo de seus ocupantes, que projetam no ambiente social as condições de sua realidade espiritual em evolução.
O esclarecimento espiritual expande a visão humana sobre a vida universal, afirma a noção da imortalidade da alma e de sua evolução e amplia o reconhecimento da grandiosidade da criação de Deus, que harmoniza os astros na amplitude imensurável e os destina à evolução da grande família humana que evolui na multiplicidade dos ambientes celestes, sob a divina lei do amor universal.
Fonte: Jornal Palavras de luz nº 37 – novembro/2005